quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Tema : Casamento na Visão Espírita
Tema : Casamento na Visão Espírita - conclusão (Estudo 29 de 828)
Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo - CVDEE
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Sala Virtual de Estudos Educar
Estudos destinados à Família e Educação no Lar
Oi, meus amigos da Sala Educar!
Tudo em paz e harmonia com vocês?
Esperamos sinceramente que sim!! :o))
O assunto que nós estudamos nessa semana, Casamento na Visão Espírita, realmente é um assunto bastante interessante e profundo, pois estamos falando da união de dois seres com finalidade a desenvolver uma vivência comum e com isso crescer, tanto intelectual como moralmente.
Todas as participações durante a semana foram excelentes,e agora, é hora de postarmos a conclusão.
Durante as participações da semana, surgiu uma dúvida à respeito de um texto sobre as modalidades de casamento (a dúvida foi da nossa irmã Magna), que tentaremos responder no segundo texto colocado como conclusão.
Vamos, então, aos textos:
Casamento: união física e espiritual
"À Luz do Espiritismo, o casamento monogâmico, união permanente de um homem e uma mulher:
- é um progresso na marcha da humanidade (representa um estado superior ao de natureza, em que vivem os animais);
- atende à afinidade (que unem os semelhantes) ou à necessidade de expiações (resgates ou correções de erros cometidos anteriormente) ou à missões (que regeneram e santificam);
- resulta de resoluções tomadas na vida de infinito, antes da reencarnação dos espíritos (livremente assumido pelos que já sabem e podem fazê-lo; sob orientação dos mentores mais elevados, os que ão estão habilitados para isso).
Tem pois, o casamento, um iniludível caráter e implicações espirituais. Deve se basear no afeto e na responsabilidade recíprocos e ser respeitado e mantido o mais possível. Empenhemo-nos com toda a boa-vontade, toelrância e devotamento aos nossos compromissos conjugais."
(Fonte: Iniciação ao Espiritismo, Therezinha Oliveira, Editora EME, Cap. 13 - Os Espíritas e o Casamento, pg 70).
Espiritismo e Lar
"Classificação dos Casamentos:
Acidentais: encontro de almas inferiorizadas, por efeito de atração momentânea, sem qualquer ascendente espiritual.
Provacionais: reencontro de almas, para reajuste necessários à evolução de ambos.
Sacrificiais: reencontro de alma iluminada com alma inferiorizada, com o objetivo de redimí-la.
Afins: reencontro de corações amigos, para consolidação de afetos.
Transcendentes: almas engrandecidas no Bem e que se buscam para realizações imortais.
Evidentemente, o instituto do matrimônio, sagrado em suas origens, tem reunido no mesmo teto os mais variados tipos evolutivos, o que vem demonstrar que a união na Terra, funciona, às vezes como meio de consolidação de laços de pura afinidade espiritual, e noutros casos, em sua maioria, como instrumento de reajuste.
Algumas vezes o lar é um santuário, um templo, onde as almas engrandecidas pela legítima compreensão exaltam a glória suprema do amor sublimado.
Em sua maioria, porém, os lares são cadinhos purificadores, onde, sob o calor de rudes provas e dolorosos testemunhos, Espíritos frágeis caminham, vagarosamente, na direção do Mais Alto."
(Fonte: Estudando a Mediunidade, Martins Peralva, Editora FEB, Capítulo 18, Espiritismo e Lar, pg 101.)
3. Mas, na união dos sexos, a par da lei divina material, comum a todos os seres vivos, há outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de amor. Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos filhos e que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir. Nas condições ordinárias do casamento, a lei de amor é tida em consideração? De modo nenhum. Não se leva em conta a afeição de dois seres que, por sentimentos recíprocos, se atraem um para o outro, visto que, as mais das vezes, essa afeição é rompida. O de que se cogita, não é da satisfação do coração e sim da do orgulho, da vaidade, da cupidez, numa palavra: de todos os interesses materiais. Quando tudo vai pelo melhor consoante esses interesses, diz-se que o casamento é de conveniência e, quando as bolsas estão bem aquinhoadas, diz-se que os esposos igualmente o são e muito felizes hão de ser. Nem a lei civil, porém, nem os compromissos que ela faz se contraiam podem suprir a lei do amor, se esta não preside à união, resultando, freqüentemente, separarem-se por si mesmos os que à força se uniram; torna-se um perjúrio, se pronunciado como fórmula banal, o juramento feito ao pé do altar. Daí as uniões infelizes, que acabam tornando-se criminosas, dupla desgraça que se evitaria se, ao estabelecerem-se as condições do matrimônio, se não abstraísse da única que o sanciona aos olhos de Deus: a lei de amor. Ao dizer Deus: "Não sereis senão uma só carne", e quando Jesus disse: "Não separeis o que Deus uniu", essas palavras se devem entender com referência à união segundo a lei imutável de Deus e não segundo a lei mutável dos homens.
4. Será então supérflua a lei civil e dever-se-á volver aos casamentos segundo a Natureza? Não, decerto. A lei civil tem por fim regular as relações sociais e os interesses das famílias, de acordo com as exigências da civilização; por isso, é útil, necessária, mas variável. Deve ser previdente, porque o homem civilizado não pode viver como selvagem; nada, entretanto, nada absolutamente se opõe a que ela seja um corolário da lei de Deus. Os obstáculos ao cumprimento da lei divina promanam dos prejuízos e não da lei civil. Esses prejuízos, se bem ainda vivazes, já perderam muito do seu predomínio no seio dos povos esclarecidos; desaparecerão com o progresso moral que, por fim, abrirá os olhos aos homens para os males sem conto, as faltas, mesmo os crimes que decorrem das uniões contraídas com vistas unicamente nos interesses materiais. Um dia perguntar-se-á o que é mais humano, mais caridoso, mais moral: se encadear um ao outro dois seres que não podem viver juntos, se restituir-lhes a liberdade; se a perspectiva de uma cadeia indissolúvel não aumenta o número de uniões irregulares.
(Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Cap. 22, itens 3 e 4)
Desejamos à todos uma semana de muita paz e amor!
Equipe Educar - CVDEE
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