A nossa existência é vivida em etapas...
Quando crianças, temos a vantagem de não ter responsabilidades,
é o tempo de reparar nos adultos e aprender a ser “gente grande”
Já na adolescência, achamos que já somos adultos, capazes de nos bastar sozinho, mas ao primeiro sinal de perigo, ou medo, corremos para os braços dos pais, como uma criança amedrontada.
É a etapa de transição.
É nesta etapa da vida, que começamos a aprender de verdade o que significa ser adulto.
Já temos algumas responsabilidades ,muitos deveres e nenhuma obrigação. É nesta fase que começamos a pensar mais sério no futuro... começamos a tomar algumas decisões e pensar qual é a profissão perfeita para nós.
É uma fase especialmente marcada, pela amizade. Temos vários, muitos e ótimos amigos.
Inseparáveis... não conseguimos fazer nada, se não estivermos juntos, é a nossa segunda família....(pra não dizer que preferíamos que fosse a primeira) !
É nesta etapa que conhecemos aquelas pessoas que estará sempre presente em nossa vida, de uma maneira ou de outra. Nesta etapa, conhecemos o(a)s melhores amigo(a)s. É nesta etapa que descobrimos também o Amor, pela primeira vez. É nesta etapa que temos a primeira decepção amorosa, ou a Amor a primeira vista, e se der certo, pode ir para a outra etapa da vida... o casamento.
Se a pessoa escolher estudar (o que não foi o meu caso) ela terá uma etapa de deixar tudo para depois... casamento, filhos...agora se a pessoa for como eu, e escolher o casamento, aí sim...eu posso falar com clareza, tudo que eu vivi e aprendi.(e muitas coisas hoje eu entendo melhor, depois do estudo espírita)
Após o casamento, me dediquei em tempo integral a cuidar do lar e criar da melhor maneira possível os filhos que decidimos ter. Isso não foi destino ...foi escolha...
Quando nascemos, já trazemos um projeto feito no plano espiritual, em que ambos (eu e meu marido aceitamos) iríamos nos encontrar aqui na terra, para resgatar dívidas passadas, ou então provacionais, onde ambos têm, a chance de evoluir com aprendizado.
(Classificação dos Casamentos: Na visão espírita
Acidentais: encontro de almas inferiorizadas, por efeito de atração momentânea, sem qualquer ascendente espiritual.
Provacionais: reencontro de almas, para reajuste necessários à evolução de ambos.
Sacrificiais: reencontro de alma iluminada com alma inferiorizada, com o objetivo de redimí-la.
Afins: reencontro de corações amigos, para consolidação de afetos.
Transcendentes: almas engrandecidas no Bem e que se buscam para realizações imortais.
Evidentemente, o instituto do matrimônio, sagrado em suas origens, tem reunido no mesmo teto os mais variados tipos evolutivos, o que vem demonstrar que a união na Terra, funciona, às vezes como meio de consolidação de laços de pura afinidade espiritual, e noutros casos, em sua maioria, como instrumento de reajuste.
Algumas vezes o lar é um santuário, um templo, onde as almas engrandecidas pela legítima compreensão exaltam a glória suprema do amor sublimado.
Em sua maioria, porém, os lares são cadinhos purificadores, onde, sob o calor de rudes provas e dolorosos testemunhos, Espíritos frágeis caminham, vagarosamente, na direção do Mais Alto."
(Fonte: Estudando a Mediunidade, Martins Peralva, Editora FEB, Capítulo 18, Espiritismo e Lar, pg 101.)
(No meu caso, acho que foi um acordo PROVACIONAIS...)
Explico : A minha história com o meu marido, começou cedo, desde crianças...nossos irmãos se conheceram primeiro..e se casaram..(minha irmã e o irmão mais velho dele)...começamos a namorar adolescentes.
Por algo que não sabíamos entender, parecia que por algum motivo a gente não podia se perder um do outro...foram muitas idas e vindas, até que se completasse 8 anos de namoro para que a gente se casasse.
Quando nos casamos, estávamos cheios de planos...mas foram só planos...
Tivemos que passar por tantas provações, que não foi fácil... se nós não estivéssemos com tão firme propósito de manter o casamento, teríamos nos separado no primeiro ano de casados...(Indiferenças)
No meu caso ...aqueles amigos da etapa da minha vida de adolescente, tive que deixar para trás, pois o meu marido, foi sempre muito ciumento e inseguro. (e os meus amigos sempre foram tudo na minha vida )
Acho que por causa da liberdade que eu tinha junto a eles....
Para manter o casamento, abri mão das minhas amizades...
Vieram então os filhos, cada um com um problema diferente, que juntos, tivemos que lutar para criá los ..isso dependeu tanto de mim como dele...
Outra curiosidade, antes mesmo de casar, eu já sabia que teria 3 filhos, dois meninos e 1 menina...nesta ordem...
Pois bem ... depois de provações com nossos filhos e ter conseguido cria-los, foi a etapa mais difícil pela qual eu passei...a DEPRESSÃO e as nossas INDIFERENÇAS...
(A Depressão, veio para que eu resgatasse todo o lixo acumulado no meu interior, e separasse o que poderia ser reciclado e o que tinha que ser jogado fora imediatamente )....
Bom... quem me conhece e me viu passar pelo que passei, sabe também quantas foram as vezes que resolvi desistir da vida a dois...cheguei várias vezes arrumar as malas, e 1 vez a deixar a casa sem querer voltar...foi a ETAPA do desentendimento...
O meu marido se achava meu dono... por muitos anos vivi assim...principalmente por causa dos filhos.
Mas depois, estudando o espiritismo, aprendi que ele tinha medo de me perder (talvez uma insegurança de outra vida)
Mas quando o casamento se transformou em uma verdadeira prova de fogo, foi que as “provações verdadeiras” começaram a aparecer e as nossas indiferenças colocadas em pratos limpos... ( Foi a Etapa dos REAJUSTES, e Entendimentos, que precisávamos ter para a nossa evolução)
Hoje sabemos que ninguém é dono de ninguém, e duas pessoas só conseguem ficar juntas se tiverem liberdade. E o Amor, a Confiança e o Respeito, tem que estar presente o tempo todo.
Nossa vida mudou muito depois destes reajustes... é lógico, que ainda não está 100% e acho que nunca chegaremos a tanto, talvez a gente precise voltar mais vezes neste mundo ou em outro, para continuarmos a evoluir, mas até o presente momento, estou muito satisfeita com o que venho aprendendo e vendo as mudanças na minha vida, com a consciência do porque elas acontecem.
Várias coisa importante aprendi... porque algumas pessoas são tão marcantes na nossa vida...porque algumas pessoas passam pela nossa vida como se fossem um meteoro, mas que precisavam passar, porque outras se afastam e voltam um tempo depois...tudo isso, é porque nós precisamos evoluir, e as vezes este afastamento ou até mesmo estas passagens, foram programadas para acontecer, mas não nos lembramos. E somente com o estudo da Doutrina Espírita, conseguimos entender porque isso acontece. O que me marcou também ...a primeira pessoa a frequentar a Doutrina Espírita na minha casa, foi a minha irmã e meu cunhado, nós fomos depois, bem depois, mas algo nos fez que entrássemos de cabeça, para aprender, mais e mais.
Um dia enquanto estava tendo uma palestra, resolvi conversar com o médium responsável pelo Centro e tirar algumas dúvidas. Perguntei a ele, o porque de ter determinado sentimento por uma pessoa...ele me disse que esta pessoa esta na minha vida para que nós pudéssemos nos entender e resgatar tudo de ruim que ficou lá atrás...ele falou tudo que eu sentia em relação pessoa, me descreveu como ele era, a sua personalidade, e também me falou que ele se parecia com outra, que eu também tinha problemas...e ele falou com uma naturalidade que parecia que já conhecia aminha vida. Ele falou calmo e tranqüilo: estas duas pessoas estão na sua vida, para que vocês de alguma maneira se entenderem .... (?) Aquelas palavras caíram como uma luva...
Hoje eu entendo que a cada dia que passa, precisamos estar sempre cientes, de que se algo esta acontecendo em nossa vida, qualquer provação, ou ter que conviver com determinada pessoa, é porque temos dívidas a ser resgatadas, ou então porque de alguma maneira precisamos ajudar aquela pessoa evoluir.
Por enquanto é só....
By Cleo...
Agora um artigo sobre a depressão....na visão Espirita
A depressão é um sintoma que nos diz que não estamos nos amando como deveríamos.
O caminho para sairmos dela é preencher este vazio com a recuperação da auto-estima e do amor em todos os sentidos. Primeiro, procurando nos conhecer e nos analisar, com o intuito de nos descobrirmos, sem nos julgarmos, sem nos punirmos ou nos culparmos. E depois, nos aceitarmos como somos, com todas as nossas limitações, mas sabendo que temos toda potencialidade divina dentro de nós, esperando para desabrochar como sementes de luz. Isto nada mais é do que desenvolver a fé em si e no criador, sentimento este que transforma e que nos liga diretamente a Deus.
Uma pessoa consciente de sua riqueza interior passa a ter segurança e fé nas suas potencialidades infinitas, começando a gostar e acreditar em si, amando-se e a partir de então, sentindo necessidade de expandir este sentimento a tudo e todos. Começa assim a se despertar para os verdadeiros valores da vida espiritual, se transformando numa pessoa feliz e sorridente, pois onde existe seriedade, há algo de errado; a seriedade está ligada ao ser doente.
Sorria e seja feliz amando e servindo sempre.
A terapia contra a depressão se baseia no amar e no servir, se envolvendo em trabalhos úteis e no serviço do bem. Seja no trabalho profissional, no trabalho do lazer, ou no trabalho de servir ao próximo, o indivíduo se ocupa, exercita o amor, e deixa de se envolver com as lamentações, pois a infelicidade faz seu ninho no escuro dos sentimentos de cada um. Dificilmente conheceremos um deprimido, entre aqueles que trabalham a serviço do bem.
Para doarmos este amor, não basta somente fazermos obras de caridade, temos que nos tornarmos caridosos; antes de fazermos o bem temos que ser bons. Darmos um pão, um agasalho, mais junto colocarmos uma boa dose de afeto e carinho. Ser acima de tudo generosos, que é a caridade com afeto. As pessoas estão com fome de amor, de calor humano, um ombro amigo, um abraço, um aconchego e uma palavra de carinho.
Às vezes, com um simples sorriso, um bom dia, um olhar afetuoso, nós estamos doando energia e transmitindo vida.
O homem alcançou um enorme progresso intelectual, satisfazendo suas necessidades materiais com os avanços tecnológicos. Porém, ainda se depara com enormes dificuldades na convivência fraterna com o seu semelhante. Estamos cada vez mais próximos um dos outros através dos meios de comunicação e, no entanto, mais afastados emocionalmente. Agora, o homem está sentindo a necessidade premente de desenvolver a afetividade, de se envolver, amar e sentir o seu semelhante.
Temos que ressuscitar e liberar a criança que está esquecida dentro de nós. Para resgatarmos esta criança que adormece em nós, é necessário que vejamos o mundo de forma positiva e otimista. A nossa criança interior, geralmente se encontra retraída e oprimida, porque a vida nos apresenta de forma desagradável; ainda não vivemos de forma natural, espontânea e isto gera ansiedade e sofrimento. Como a criança é movida pelo prazer, ela se recolhe e não se manifesta.
A criança não se julga, não se pune. Ela apenas vive o hoje, o agora, integrada perfeitamente a Deus e à natureza. “Deixai vir a mim as criancinhas porque o reino dos céus é de quem vos assemelham” – com estas palavras quis Jesus dizer que teremos que ser puros, autênticos, integrados com a nossa natureza divina, sem fugas ou máscaras, para alcançarmos a nossa evolução espiritual.
Ter atitudes simples, como lidar com animais, brincar com crianças, atividades criativas como a pintura, tocar um instrumento, fazer pequenas tarefas domésticas, cozinhar, manter uma conversa amena, contar um caso, ver um bom filme, escutar uma música, cantar, sorrir, ouvir com atenção, olhar com ternura, tocar as pessoas, abraçar, fazer um elogio sincero, curtir a natureza, admirar o por do sol, etc. Estas são tarefas que muito lhe ajudará a reencontrar o equilíbrio e a harmonia interior.
Manter sempre o bom humor. Aquele que tem no ideal de servir uma meta de vida, será sempre uma pessoa feliz.
Na vida o que mais importa é o amor e o bem querer das pessoas, viver suas emoções; não se deixar afetar por coisas pequenas.
Muitas vezes nos deixamos abater por problemas, que se olharmos com olhos de Espíritos Eternos em passagem pela Terra, não valorizaríamos.
Substituir sentimentos de auto-piedade por vibrações em favor dos que sofrem.
Se olharmos com atenção e interesse ao nosso redor, veremos que existem pessoas com problemas muito piores, que o nosso a pedir socorro.
Procurar praticar atividades físicas regulares, como a caminhada, um esporte, um lazer. A mente parada começa a criar pensamentos negativos, que se assemelham a lixos amontoados dentro de casa. Com estas atividades, você estará desviando sua mente destes pensamentos deletérios.
Tornar-se empreendedor, dinâmico, criando idéias novas e construtivas em benefício do semelhante, com motivação para implementá-las, junto ao grupo ou a comunidade que pertence.
Não fique estagnado esperando que a coisas aconteçam em seu favor. Aja em favor do próximo e não se surpreenda se você for o mais beneficiado.
Leituras edificantes, uma conversa com um amigo, um terapeuta ou um orientador espiritual, ajuda você a ver o problema por um outro ângulo.
A oração é um recurso indispensável no processo de recuperação. Através dela estabelecemos sintonia com a Espiritualidade Maior, facilitando o caminho para que nos inspirem e revigorem nossas energias.
Não nascemos para sofrer. A vontade de Deus é a nossa alegria e a nossa felicidade.
Se sofrermos é por nossa causa. Os nossos problemas e nossas dificuldades devem ser interpretadas como instrumentos para nossa evolução.
Nunca devemos nos deprimir ou nos revoltar contra eles.
O melhor aprendizado, é aquele que tiramos de nossa própria vida.
Vocábulo “crise” em algumas línguas podem ter dois significados: a oportunidade ou perigo. Oportunidade de crescimento ou perigo de queda.
O que importa é sabermos que os problemas , que deparamos na vida só surgem quando já temos condições de solucioná-los.
Como disse o Mestre Jesus: ” O Pai não coloca fardos pesados em ombros fracos”. Deste modo, ficamos mais fortes ao saber que temos todas as condições interiores, para enfrentar as dificuldades que a vida nos apresenta.
Ter consciência, que acima de tudo, tem um Deus maior a zelar por nós e que nunca nos abandona. Confiar em Jesus e seguir seu exemplo de vida: “Eu sou o Bom Pastor; tende bom ânimo; não se turbe o vosso coração; vinde a mim vós que andais afatigados, cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei”.
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