‘’Todos deveriam sofrer uma humilhação uma vez na vida para que a arrogância desse passagem à maturescência humana.’’
Jeocaz Lee-Meddi
A arrogância é um dos maiores males da humanidade, ou pelo menos assim o vejo eu.
A arrogâcia é o desrespeito pelos outros.
E sim, confesso, também eu, já me deixei seduzir por esse ignóbil e vil sentimento, alguma uma vez!
O que nos leva a ser arrogantes, e a nos considerar-mos mais e melhores do que os outros?
O que nos leva a pensar, que somos mais merecedores do que os outros, ou que sofremos mais do que os outros, se não a vaidade?
A arrogância leva-nos tantas vezes a ser-mos injustos e vãos que deveria ser proibida por lei!
Tudo o que fazemos se reflecte nos outros, as nossas atitudes e comentários, podem ser sanadoras ou corrosivas.
O que nos leva então, tantas vezes a escolheremos sermos destruidores, em vez de edificantes?
Algumas vezes, são as mesquinhices alheias que provocam a arrogância em nós, mas não deveríamos pelo menos tentar ser superiores a isso?
As atitudes dos outros, são responsabilidade deles, são o seu karma, a maneira como escolhemos reagir, é responsabilidade nossa, é o nosso karma!
Como humanos, somos todos imperfeitos, ninguém escapa ou subsiste impune a uma visão á lupa, ninguém!
Aspiramos todos á perfeição, é a nossa busca, e a perfeição/evolução, é o caminho imperativo, até para os que o recusam.
Creio no entanto que há alguns equívocos, quanto a esta matéria.
A perfeição, que é nossa por herança, não se encontrará jamais encerrada em nenhum corpo, por mais belo e perfeito que aparentemente seja, a perfeição poderá apenas ser encontrada, no amor, na dádiva generosa do melhor de nós.
A perfeição reside apenas no espírito!
Kabir disse: Este corpo no final será misturado com a lama. Porquê permanecer na arrogância?
A ignorância e a vaidade de mãos dadas com o orgulho dão origem á arrogância.
Desta mistura tão estéril está claro que nada de bom poderia sair.
Quando confrontados com a arrogância, senti-mos geralmente, repulsa e nojo.
A arrogância, é a busca obscura e inglória, do poder.
Quem faz da arrogância, modo de vida, jamais será estimado e admirado; será sempre um pária, refém da visão distorcida de si mesmo, prisioneiro da sua ignorância e da sua prepotência que vive solitário na altaneira torre de marfim que a sua vaidade construiu!
Quem escolhe assim continuar, poderá talvez gritar lá do alto, Eu sou melhor, Eu sou bom, mas ninguém jamais o ouvirá.
A arrogância é uma tolice cruel! O poder só nos poderá ser concedido pelos outros voluntariamente, se imposto o poder não é poder, é autoritarismo, e no dia em que pelo medo ou armas, não possamos mais controlar os outros, esse falso poder desabará e deixar-nos-á ainda mais vazios mais sós!
Em qualquer circunstância, em que quem usa da arrogância, não tenha como coagir os outros a reconhecer-lhes superioridade/poder, não passará nunca de uma má anedota, e é apenas digno de riso escarninho, sem dignidade ou respeito.
Só um tolo presumido, se deixa envolver pela pretensão de ser melhor do que os outros.
E parafraseando Rubem Alves, a nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e subtil da nossa arrogância e vaidade. No fundo, somos os mais bonitos...
Não confundir, no entanto, a autoconfiança com arrogância, embora quando excessiva, esta se de equívocos e confusões, e como muito bem disse Alisson Davidson, confusões nunca são produtivas.
O arrogante até pode ter qualidades, mas estas nunca serão reconhecidas, pois estão obscurecidas pela sua vaidade, soberba e pretensiosismo.
A arrogância é o reino sem a coroa, e sem vassalos e é o caminho mais rápido para a queda!
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