quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Depressão Nervosa - Sinais, Sintomas E Tratamento Da Doença





O que é Depressão nervosa?

A depressão (também chamada de transtorno depressivo maior) é um problema médico caracterizado por diversos sinais e sintomas, dentre os quais dois são essenciais [1]:


* Humor persistentemente rebaixado, apresentando-se como tristeza, angústia ou sensação de vazio; ou

* Redução na capacidade de sentir satisfação ou vivenciar prazer.

O estado depressivo diferencia-se do comportamento "triste" ou melancólico que afeta a maioria das pessoas por se tratar de uma condição duradoura de origem neurológica acompanhada de vários sintomas específicos. Ou seja, depressão não é tristeza. É uma doença que tem tratamento [2].

Estima-se que cerca de 15 a 20% da população mundial, em algum momento da vida, sofreu de depressão. A depressão é mais comum em pessoas com idade entre 24 e 44 anos. Dependendo do motivo pode ser dada a crianças e adolescentes como separação dos pais, problemas na escola, rejeição e principalmente Bullying. A ocorrência em mulheres é o dobro da ocorrência em homens.

As causas da depressão são inúmeras e controversas. Acredita-se que a genética, alimentação, stress, estilo de vida, seperação dos pais, rejeição, drogas, problemas na escola e outros fatores estão relacionados com o surgimento ou agravamento da doença.


Sinais e Sintomas de Depressão nervosa

Cerca de 16% da população mundial já teve depressão nervosa pelo menos uma vez na vida. Em alguns países como a Austrália, uma em cada quatro mulheres já sofreram de depressão e cerca de um em cada oito homens já sofreram do mal. O início dos estudos sobre a depressão começou na década de 20. Foi reportado que as mulheres têm duas vezes mais chances de sofrer de depressão do que os homens, mas em contrapartida essa diferença tem diminuído durante os últimos anos. Esta diferença desaparece completamente entre os 50 e 55 anos. A depressão nervosa é causa comum de aposentadoria por invalidez na América do Norte e em outros países da Europa.

Segundo a OMS, em 2020, a depressão nervosa passará a ser a segunda causa de mortes mundiais por doença, após doenças coronárias.

Os sintomas, geralmente associados ao quadro depressivo:

Essenciais para o diagnóstico:


* Humor persistentemente rebaixado, apresentando-se como tristeza, angústia ou sensação de vazio; ou

* Diminuição do interesse e prazer em atividades que antes eram prazerosas

Outros sintomas de depressão incluem:


* Ansiedade

* Afastamento de amigos ou pessoas

* Cansaço e perda de energia

* Falta de vontade de realizar uma determinada tarefa que progressivamente se alastra ou pode alastrar a muitas outras actividades.

* Vontade de chorar ou chora às escondidas.

* Tem maus resultados escolares, devido á incapacidade em se concentrar.

* Vontade de ficar só. Afasta-se de tudo e todos.

* Não querer ouvir barulhos ou querer música ou barulhos em altos berros (pois é uma forma de se alhear e afastar do que se passa à sua volta).

* Sentimento de tristeza persistente

* Problemas de auto-confiança e auto-estima

* Sente-se triste e abatida sem conseguir encontrar algo que a anime ou que lhe consiga despertar interesse.

* Dificuldade de concentração e de tomar decisões

* Sentimentos de culpa, desesperança, desamparo, solidão, ansiedade ou inutilidade

* Alterações no sono; Dificuldades em adormecer, acordar muito mais cedo do que o habitual, dormir em excesso ou pesadelos

* Medo de executar determinada tarefa; ou medo do que possa acontecer se falhar. Vive obcecada com a sua incapacidade ou com o que possa acontecer a outrem se ela falhar.

* Isolamento: evitar outras pessoas.

* Perda de apetite com diminuição do peso ou compulsão alimentar

* Perda do desejo sexual

* Pensamentos de suicídio e morte

* Inquietação e irritabilidade

* Auto-agressão

* Mudanças na percepção do tempo

* Acessos de choro

* Desatenção à própria higiene

* Possíveis mudanças comportamentais como agressão ou irritabilidade

* Medo ou sensação de ser ou estar sendo abandonado

* Desleixa-se com o vestir ou com a sua apresentação. Isso deixou de lhe interessar.

Algumas pessoas apresentam apenas alguns dos sintomas, outros apresentam inúmeros sintomas, com intensidade variada.

Pessoas deprimidas têm frequentemente pensamentos mórbidos e a taxa de suicídio entre depressivos é 30 vezes maior do que a média da população em geral. A depressão é considerada em várias partes do mundo como uma das doenças com mais alta taxa de mortalidade.

Tratamento

A maioria das pessoas que possuem um quadro clínico depressivo não conhece ou não procura ajuda médica especializada apesar da grande possibilidade de tratamento efetivo. O tratamento geralmente envolve uma medicação antidepressiva receitada por pelo menos 12 meses para evitar recaídas [1]) e algumas vezes acompanhada de psicoterapia.

A eletroconvulsoterapia (ECT) é utilizada para indivíduos que não tiveram resposta satisfatória ao tratamento medicamentosos. A Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (EMTr) ou em inglês Repetitive transcranial magnetic stimulation (rTMS) pode ser uma alternativa para os pacientes resistentes aos medicamentos.

Sabe-se também que praticar exercícios regularmente e participar de atividades desportivas e sociais pode ajudar o paciente a superar os sintomas da depressão.

São exemplos de tratamentos comuns para a depressão:


* Medicação

* Psicoterapia comportamental

* Eletroconvulsoterapia

* Estimulacao Magnetica Transcraniana

* Suplementos alimentares

* Atividades físicas
Actividade Física a longo-prazo controlada por profissionais da Educação Física está associada a redução do nível de depressão ligeira ou moderada.
http://www.cabuloso.xpg.com.br/portal/news/view/depressao-nervosa-sinais-sintomas-e-tratamento-da-doenca

domingo, 28 de agosto de 2011

Porque eu sou Espírita?

Porque eu sou Espírita? Sou espírita porque há mais de 30 anos leio e estudo o Espiritismo e não encontro defeitos. Sou espírita porque apenas o espiritismo responde com tanta clareza porque uns nascem bonitos, perfeitos, ricos, inteligentes e com tantos predicados, ao passo que outros nascem deficientes, pobres, e passam por uma existência de dificuldades. Sou espírita porque a evolução através das múltiplas encarnações é a explicação mais lógica e racional que pude encontrar ao longo da minha existência. Sou espírita porque o espiritismo é ciência, filosofia e religião, que nos explica de onde vimos, para onde vamos e qual o objetivo da nossa existência. Sou espírita porque reconheço que o Espiritismo veio libertar o homem da ignorância, dos dogmas e das mentiras advogadas em detrimento de interesses dos homens. Sou espírita porque reconheço em Kardec, em Bezerra de Menezes, em Chico Xavier e em tantos outros os verdadeiros discípulos do Cristo. Sou espírita porque o Livro dos Espíritos nos dá resposta às nossas perguntas.Sou espírita porque o Evangelho Segundo o Espiritismo nos passa a verdadeira moral Cristã. Sou espírita porque o Livro dos Médiuns nos esclarece sobre a comunicação entre encarnados e desencarnados. Sou espírita porque reconheço nessa doutrina a verdadeira mensagem do que o Cristo nos passou através do Espírito da verdade e através dos seus enviados. Sou espírita porque Deus no dia do "juizo final" jamais mandaria uma mãe para o paraíso e o filho para o fogo eterno do inferno, como essa mãe se sentiria? Sou espírita por tudo isso, e porque nesse momento ao escrever esse pequeno texto, sinto a companhia dos espíritos amigos confirmando essa gota de verdade, todo o restante, um oceano inteiro de verdades se encontra na Doutrina Espírita. Conheça o espiritismo, leia Kardec e conheça a verdadeira luz que o Cristo nos deixou. Estejam em paz.


depoimento de um espírita

Espiritismo X Homossexualidade


Espiritismo X Homossexualidade


Um texto interessante que fala sobre a homossexualidade no Espiritismo. É meio grande, mas vale a pena ler! 


Toda paixão que aproxima o homem da natureza animal o distancia da natureza espiritual.Paixão é todo excesso, abuso da vontade.O homem poderia sempre vencer suas más tendências pelos seus próprios esforços, porém é a vontade que lhe falta.O meio mais eficaz de se combater a predominância da natureza corporal sobre a espiritual é praticando a abnegação de si mesmo.(o livro dos espíritos, questões:908,909 e 912).Tudo me é permitido, mas nem tudo me é lícito; nem tudo me convém.(Paulo, cap.5,v:12). Homossexualidade. Obrigado Pai celestial, obrigado Jesus – governador deste orbe. É gratificante e consolador entender a justiça divina realizada através do processo das vidas sucessivas – a reencarnação. O rabino, Jesus de Nazaré, veio encarnado a 2000 anos atrás para nos mostrar e ensinar as variadas formas de expressar o Amor a Deus e ao próximo como a nós mesmos, perdoando a seus algozes; testemunhando a doçura, a simplicidade, a humildade, a abnegação. No terceiro dia após o drama do calvário, ressuscitou (reapareceu, ressurgiu) do sepulcro, dessa vez em espírito para nos deixar uma prova viva e incontestável da imortalidade da alma; testemunhou assim o prosseguimento da vida após a morte da carne. Dou graças por isso. Só assim podemos hoje, com estudo, observação isenta de paixões e análise da razão ter respostas para tantas perguntas que num pretérito recente ficavam à mercê da maledicência, do pré-conceito, do fanatismo. O homossexualismo foi durante muito tempo criticado, subjugado, atropelado, vitimado, espoliado por paixão vil – por temperamentos irresponsável, humilhado por todos inclusive por seus familiares mais próximos como Pai e Mãe. Hoje, com estudo e prática vivenciada no Cristianismo puro e entendimentos clareados pela Doutrina Espírita, temos a alegria de ensejar novos panoramas para esses nossos irmãozinhos reencarnados que trazem em seu perispírito (corpo espiritual)marcas a serem clareadas com o cumprimento da lei de causa e efeito, ação e reação, de um passado recente. Deus é o organismo do qual o homem é célula, daí o porquê de amá-lo sobre todas as coisas, pois, sem Ele, a humanidade não existiria. Se no homem Ele está, então faz sentido amar a si mesmo, bem como ao próximo, já que nele Deus também está. O homossexualismo é, antes de tudo, um efeito, não uma causa. É alguém que se encontra despolarizado, desajustado entre seu eu psicológico ( mental ) e seu eu físico ( biológico, orgânico). Morfologicamente é um homem ; psicologicamente sente-se mulher; ou, morfologicamente é uma mulher , psicologicamente (mentalmente) sente-se homem. As raízes da sexualidade residem na alma, ainda que se evidencie a contribuição genética atuando no corpo físico. Há casos que não envolvem uma despolarização entre mente e físico (chamado Inversão psicológica ), é o caso, por exemplo, dos homossexuais viciados que se comprazem nisso por mera viciação devido a experiências na adolescência ou mesmo na idade adulta, seguindo um comportamento ansioso por novas sensações, obcecado pelo prazer sexual; há homens envolvidos com o homossexualismo viciado que são másculos; há lésbicas que são extremamente femininas. A pior situação é, sem dúvida, a do homossexual viciado, que está comprometendo o futuro, ao fazer sua semeadura pelo bel prazer vicioso. Os homossexuais despolarizados (mente e físico) estão tendo uma colheita de espinhos de acordo com a programação divina, uma vez que não há o “acaso”. Pode ter sido alguém que causou sofrimentos físicos e morais em outras pessoas, enganando-as, iludindo-as, abusando do sexo. O indivíduo, nessa Segunda condição, não deve julgar-se incapacitado para a felicidade, uma vez que depende dele, de seu empenho em enfrentar os desafios da vida; os desvios do sexo costumam vir na esteira do vazio existencial, daí é fundamental mudar a orientação de suas vidas, iniciando-se na prática do bem, buscando valores que , segundo Jesus as traças não roem nem os ladrões roubam. Aos viciados , depende dele, da firmeza de sua decisão, da perseverança nos bons propósitos e, sobretudo, da consciência de que é preciso vencer o vício do homossexualismo , esforçando-se por superá-lo, tanto quanto os fumantes, alcoólatras, toxicômanos , glutões.... , lembrando que a vida sempre cobra pesados impostos sobre os prazeres do vício. Ao travesti (que têm uma inversão psicológica), esse deve e pode canalizar o sexo (energia criadora) manifestada na geração de formas físicas, para as realizações abençoadas no campo da arte, da filosofia e da religião, por exemplo. É o que se denomina “sublimação do impulso sexual”. Em todos os tempos passado e presente, muitos artistas foram grandes solitários, justamente por não aceitarem o relacionamento homossexual para o qual sentiam tendência; voltaram-se inteiramente para a sua arte, realizando seu trabalho, centralizando suas aspirações em torno da produção artística, gerando “filhos” imortais, em gloriosas composições musicais, obras literárias, esculturas e pinturas, que exaltam a beleza e a harmonia. •Preconceito é fundamentado na opinião dos outros; são as raízes de nossa infelicidade e sofrimento neurótico, pois deterioram nossa visão da vida. Gerador de conflitos onde predomina a impiedade, responde pelas guerras destruidoras, nas quais os povos e as nações se atiram uns contra os outros devorados pela volúpia da alucinação ; dividindo as pessoas e classificando-as sob padrões que as chancelam, a umas engrandecendo e a outras estigmatizando indevidamente; o preconceito racial , político, social, religioso, tem levado gerações volumosas à miséria, ao degredo, à morte infamante. Ninguém é no todo exatamente aquilo que dele pensamos ou sentimos. Relações mudam, quando mudamos o foco que temos sobre aqueles de nossa convivência, que são diferentes de nós. “Julgamentos definitivos excluem as possibilidades da fraternidade “ Evidentemente não somos obrigados a ser coniventes com as atitudes do próximo, no entanto, os desafios da convivência apelam para a reavaliação de nossas análises quando em relação aos nossos irmãos, no dia-a-dia. Podemos não deixar de ajuizar e pensar, sobre a maneira e, sobre as atitudes escolhidas por alguém de nosso convívio, mas devemos conduzir-nos à postura de predisposição ao convívio fraternal nas bases do amor ao próximo, da tolerância, do perdão e do entendimento, tanto quanto possível. Como podemos apressar em emitir acusações sobre o próximo se nem a nós mesmos conhecemos com exatidão? Esse automatismo milenar faz-nos, na maioria das vezes, a reduzir o conceito de valor do “ Outro “ , porque assim , equivocadamente sentimos ser melhores que eles, seu superior , o todo poderoso , o verdadeiro egocêntrico ( centrado em si mesmo ; nada vê em sua volta). Algumas vezes, não poucas, deparamo-nos com uma situação de “Projeção de auto-repulsão”, recriminando no “Outro” o que não aceitamos em nós. Nos momentos difíceis de nossa caminhada terrestre, em constante vigília, saibamos exercitar o Amor em todas suas formas; compaixão, indulgência, misericórdia, perdão, humildade, simplicidade, paciência, tolerância, abdicação, fraternidade, caridade, para com todos nossos irmãos; não sejamos iguais aos túmulos caiados : brancos e limpos por fora ; sujos e podres por dentro . Sejamos todos, e sempre, praticantes silenciosos de atos e verbos que determinem a verdadeira caridade e o amor universal. Jesus de Nazaré demonstrou ser plenamente imune a qualquer influência alheia quanto a seus sentimentos e sentidos de vida, revelando isso em várias ocorrências de seu messiado terreno. Em verdade, Cristo veio para os doentes que têm a coragem de reconhecer-se como tais; não veio para os sãos, ou para aqueles que se mascaram. O Mestre não pode fazer a nossa parte, por mais poderoso que seja. “Quem quiser vir após mim que tome a sua cruz e siga-me”. A salvação é um processo dinâmico, exige esforço e cooperação; não poderia ser uma dádiva gratuita, imposta de fora para dentro da alma humana. Todo aquele que amar, será salvo







O dízimo segundo o espiritismo





O Antigo Testamento mostra que Abraão foi o iniciador do dízimo. Jacó foi o continuador. E, quatrocentos anos depois, com Moisés, o dízimo passou a ser um mandamento considerado sagrado, logo, um dever de todo o judeu. 

Já o Novo Testamento não faz profundas referências a respeito do tema. Jesus, por exemplo, dizia sutilmente, (para não chocar os judeus) que mais importante que pagar o dizimo era moralizar as atitudes: "SE, POIS, AO TRAZERES AO ALTAR A TUA OFERTA, E ALI TE LEMBRARES DE QUE TEU IRMÃO TEM ALGUMA COISA CONTRA TI, DEIXA PERANTE O ALTAR A TUA OFERTA, VAI PRIMEIRO RECONCILIAR-TE COM TEU IRMÃO; E, ENTÃO, VOLTANDO, FAZE A TUA OFERTA.” (Mt. 5: 23 a 24). Aqui, por exemplo, vemos Jesus dizendo que antes de fazermos nossa oferta ou doação devemos nos reconciliar com nosso irmão de caminhada. Nada agrada mais a Deus do que ver Seus filhos vivenciando Seus ensinamentos trazidos por Jesus. “DAI A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR (coisas materiais), E A DEUS O QUE É DE DEUS (coisas espirituais).”

Vejamos este outro exemplo: “AI DE VÓS, ESCRIBAS E FARISEUS, HIPÓCRITAS! POIS QUE DIZIMAIS A HORTELÃ, O COENTRO E O COMINHO, E DESPREZAIS O MAIS IMPORTANTE DA LEI, QUE É: O JUÍZO, A MISERICÓRDIA E A FÉ; DEVEIS, PORÉM, FAZER ESTAS COISAS, SEM DEIXAR AQUELAS.” (Mt 23.23a). Aqui Jesus explica novamente que não adianta pagarmos o dizimo, seja de que forma for, se deixarmos de lado o mais importante que é a “reforma íntima”, a moralização de nossos atos, pensamentos e palavras. Mas infelizmente, existem aqueles que exploram a boa fé das pessoas com promessas e recompensas extraordinárias. Ensinando os fiéis a barganhar com Deus. Isto faz com que alguns vejam o dizimo como uma moeda de troca ou obrigação. Além do mais, como podemos barganhar com Deus usando coisas que são Dele? Então, AFIRMAÇÕES COMO: "VOU DAR O DÍZIMO PARA NÃO FICAR DESEMPREGADO; VOU DAR O DIZIMO PARA NÃO FICAR DOENTE; VOU DAR O DÍZIMO PARA FICAR RICO”, são afirmações errôneas e contrárias aos ensinamentos de Jesus. O dizimo deve ser dado com gratidão sem se pensar em qualquer tipo de retorno da parte de Deus e não deve ser dado simplesmente por medo de não ser abençoado. Devemos observar que encontramos pessoas doentes e saudáveis, desempregados e empregados, pobres e ricos em todas religiões, pagando ou não o dízimo.

O apóstolo Paulo também falou sobre o dízimo e explicou que este deveria ser uma ação de amor, generosidade e alegria: "(...) CADA UM CONTRIBUA SEGUNDO TIVER PROPOSTO NO CORAÇÃO, NÃO COM TRISTEZA OU POR NECESSIDADE; PORQUE DEUS AMA A QUEM DÁ COM ALEGRIA (...)"- (2Co 9.6-90). E é este o entendimento do espírita para o dízimo, uma doação espontânea em dinheiro e/ou trabalho. Sem definição de quantidade (10%), as doações devem ser segundo o desejo de cada um. Os freqüentadores e trabalhadores de um Centro Espírita sabem das dificuldades para manter uma casa espírita. Por isso, os que entendem a importância do trabalho que o Espiritismo realiza, contribuem mensalmente com pequenas quantias que são de grande valor para as contas da casa. E ninguém é tão pobre que não tenha algo para doar. Se a doação for em dinheiro, este deve ser usado na manutenção da casa espírita (água, luz, produto de limpeza e higiene, etc.), no material que ajudará na divulgação e entendimento do Evangelho segundo a visão espírita (panfletos, jornais, rádio, TV, etc.), mas principalmente no auxilio aos irmãos mais carentes de qualquer religião (remédio, roupa, cestas básicas, etc.). Não concordamos em guardar o dinheiro “DO SENHOR” em poupança e aplicações diversas enquanto há tantos irmãos necessitados de auxilio. Também não achamos correto usá-lo para viver. Entendemos que o dinheiro é para a obra do “Senhor”, não para a obra dos “senhores” que falam do “Senhor”. Os trabalhadores espíritas são voluntários sem remuneração material, só espiritual. Temos como exemplo Chico Xavier. Este viveu do salário de seu trabalho como servidor público. Todo dinheiro da venda dos livros psicografados por ele era e ainda é destinado a obras de caridade.

Se a doação for através do trabalho, este significa dispensarmos algum tempo disponível em serviço voluntário destinado a Caridade. Mas a Doutrina ensina como devemos fazer doações. Ela pede que ao nos comprometermos em ajudar, seja com dinheiro ou trabalho, devemos cumprir o quanto possível com o compromisso livremente assumido. Que não devemos começar a fazer algo por empolgação ou assumir dois ou mais trabalhos e faltarmos por qualquer motivo. É preferível escolhermos apenas um e fazer bem feito. Afinal, o cristianismo exalta a responsabilidade, o cumprimento da palavra e do dever. Pois a instituição passa a contar com nossa ajuda e se falharmos, sobrecarregaremos alguém seja no trabalho ou na parte financeira. E se o compromisso for em creches, asilos, hospitais, ou seja, onde pessoas aguardam nossa ajuda ou visita, pensemos ainda mais antes de começarmos, para que nossa ausência ou desistência não frustre estes carentes emocionais. Não podemos esquecer que, no trabalho que buscamos o pão espiritual recebemos remuneração espiritual e quando faltamos ou abandonamos não somos punidos, mas adiamos o pagamento de nossas dívidas, porque aprendemos que: “O AMOR COBRE MULTIDÕES DE PECADOS” (I Pedro 4,8), ou seja, todo amor que estendermos ao próximo estaremos quitando multidões de erros, tropeços ou falhas que cometemos quando transgredimos a lei divina, seja nesta encarnação ou na anterior. Exemplo: há mulheres que são estéreis porque geralmente abortaram em outra encarnação, e revertem este carma quando adotam uma criança. Como vemos, quando ajudamos o próximo, somos os maiores beneficiados. 

Portanto, CARIDADE é o dízimo que Deus espera de nós e é o que os espíritas ofertam (ou estão aprendendo a ofertar) a Ele através do próximo, seja ele espírita ou não.

DIDI (Renato Aragão) recebe carta-desabafo da Jornalista Eliane Sinhasique

DIDI (Renato Aragão) recebe carta-desabafo da Jornalista Eliane Sinhasique

http://camocimterradosol.blogspot.com/2010/08/didi-renato-aragao-recebe-carta.html


Carta aberta, de Eliane Sinhasique, para Renato Aragão, o Didi.


Querido Didi,

Há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras. Eu não respondi aos seus apelos (apesar de ter gostado do lápis e das etiquetas com meu Nome para colar nas correspondências).
Achei que as cartas não deveriam ser endereçadas à mim. Agora, novamente, você me escreve preocupado por eu não ter atendido as suas solicitações. Diante de sua insistência, me senti na obrigação de parar tudo e te escrever uma resposta.
Não foi por `algum` motivo que não fiz a doação em dinheiro solicitada por você. São vários os motivos que me levam a não participar de sua campanha altruísta (se eu quisesse poderia escrever umas dez páginas sobre esses motivos). Você diz, em sua última Carta, que enquanto eu a estivesse lendo, uma criança estaria perdendo a chance de se desenvolver e aprender pela falta de investimentos em sua formação.
Didi, não tente me fazer sentir culpada. Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Esse tipo de texto apelativo pode funcionar com muitas pessoas mas, comigo não. Eu não sou ministra da educação, não ordeno e nem priorizo as despesas das escolas e nem posso obrigar o filho do vizinho a freqüentar as salas de aula. A minha parte eu já venho fazendo desde os 11 anos quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no sustento da minha família. Trabalhei muito e, te garanto, trabalho não Mata ninguém. Muito pelo contrário, faz bem! Estudei na escola da zona rural, fiz Supletivo, estudei à distância e muito antes de ser jornalista e publicitária eu já era uma micro empresária.
Didi, talvez você não tenha noção do quanto o Governo Federal tira do nosso suor para manter a saúde, a educação, a segurança e tudo o mais que o povo brasileiro precisa. Os impostos são muito altos! Sem falar dos Impostos embutidos em cada alimento, em cada produto ou serviço que preciso comprar para o sustento e sobrevivência da minha família.
Eu já pago pela educação duas vezes: pago pela educação na escola pública, através dos impostos, e na escola particular, mensalmente, porque a escola pública não atende com o ensino de qualidade que, acredito, meus dois filhos merecem. Não acho louvável recorrer à sociedade para resolver um problema que nem deveria existir pelo volume de dinheiro arrecadado em nome da educação e de tantos outros problemas sociais.
O que está acontecendo, meu caro Didi, é que os administradores, dessa dinheirama toda, não têm a educação como prioridade. Pois a educação tira a subserviência e esse fato, por si só não interessa aos políticos no poder. Por isso, o dinheiro está saindo pelo ralo, estão jogando fora, ou aplicando muito mal. Para você ter uma idéia, na minha cidade, cada alimentação de um presidiário custa para os cofres públicos R$ 3,82 (três reais e oitenta e dois centavos) enquanto que a merenda de uma criança na escola pública custa R$ 0,20 (vinte centavos)! O governo precisa rever suas prioridades, você não concorda? Você pode ajudar a mudar isso! Não acha?
Você diz em sua Carta que não dá para aceitar que um brasileiro se torne adulto sem compreender um texto simples ou conseguir fazer uma conta de matemática. Concordo com você. É por isso que sua Carta não deveria ser endereçada à minha pessoa. Deveria se endereçada ao Presidente da República. Ele é `o cara`. Ele tem a chave do Cofre e a vontade política para aplicar os recursos. Eu e mais milhares de pessoas só colocamos o dinheiro lá para que ele faça o que for necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas do país, sem nenhum tipo de distinção ou discriminação.. Mas, infelizmente, não é o que acontece...
No último parágrafo da sua Carta, mais uma vez, você joga a responsabilidade para cima de mim dizendo que as crianças precisam da `minha` doação, que a `minha` doação faz toda a diferença. Lamento discordar de você Didi. Com o valor da doação mínima, de R$ 15,00, eu posso comprar 12 quilos de arroz para alimentar minha família por um mês ou posso comprar pão para o café da manhã por 10 dias.
Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas R$ 15,00 eu não vou doar. Minha doação mensal já é muito grande. Se você não sabe, eu faço doações mensais de 27,5% de tudo o que ganho. Isso significa que o governo leva mais de um terço de tudo que eu recebo e posso te garantir que essa grana, se ficasse comigo, seria muito melhor aplicada na qualidade de vida da minha família.
Você sabia que para pagar os impostos eu tenho que dizer não para quase tudo que meus filhos querem ou precisam? Meu filho de 12 anos quer praticar tênis e eu não posso pagar as aulas que são caras demais para nosso padrão de vida. Você acha isso justo? Acredito que não. Você é um homem de bom senso e saberá entender os meus motivos para não colaborar com sua campanha pela educação brasileira.
Outra coisa Didi, mande uma Carta para o Presidente pedindo para ele selecionar melhor os ministros e professores das escolas públicas. Só escolher quem, de fato, tem vocação para ser ministro e para o ensino. Melhorar os salários, desses profissionais, também funciona para que eles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa da educação. Peça para ele, também, fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam além de ler, escrever e fazer contas possa desenvolver dons artísticos, esportivos e habilidades profissionais. Dinheiro para isso tem sim! Diga para ele priorizar a educação e utilizar melhor os recursos.
Bem, você assina suas cartas com o pomposo título de Embaixador Especial do Unicef para Crianças Brasileiras e eu vou me despedindo assinando... Eliane Sinhasique - Mantenedora Principal dos Dois Filhos que Pari.

P.S.: Não me mande outra carta pedindo dinheiro. Se você mandar, serei obrigada a ser mal-educada: vou rasgá-la antes de abrir.

PS2* Aos otários que doaram para o criança esperança. Fiquem sabendo, as organizações Globo entregam todo o dinheiro arrecadado à UNICEF e recebem um recibo do valor para dedução do seu imposto de renda. Para vocês a Rede Globo anuncia: essa doação não poderá ser deduzida do seu imposto de renda, porque é ela quem o faz.

PS3* E O DINHEIRO DA CPMF QUE PAGAMOS DURANTE 11(ONZE) ANOS?

MELHOROU ALGUMA COISA NA EDUCAÇÃO E NA SAÚDE DURANTE ESSES ANOS?

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

terça-feira, 23 de agosto de 2011

TATUAGEM NA VISÃO ESPÍRITA






Achei muito interessante esses texto, acaba por tirar nossas duvidas e assim podemos conversar melhor com os nossos jovens!

ADEREÇOS - RICHARD SIMONETTI
1 – O fato de alguém usar vários brincos, piercings e outros adereços, pode afetar o perispírito?
O perispírito, normalmente, é atingido pelo mal que fazemos, a nós mesmos (suicídio, vício, rancor, pessimismo…), ou aos outros (maledicência, agressividade, violência, traição, mentira…). Adereços numerosos, portanto, não afetam o corpo espiritual, mas, certamente, são atentados ao bom gosto.

2 – Há quem diga que pode ocorrer uma mutilação perispiritual…
Penso mais numa mutilação do bom senso, a afetar a noção do ridículo. Por uma dessas estranhas contradições do comportamento humano, vemos isso acontecer com jovens inteligentes e bem articulados, como se houvessem desligado o desconfiômetro.

3 – Se algum desses adereços causar dano ao corpo, que possa ser revertido ainda na vida física, haverá seqüelas espirituais?
Espirituais, não. Haverá, digamos, danos na auto- estima. Lamentará o Espírito a vaidade pretensiosa que, buscando originalidade, o fez regredir à taba.

4 – Retornando ao plano espiritual, a pessoa poderá usar algo semelhante, atendendo ao seu gosto pessoal?
Tendemos a moldar fluidicamente, no Além, roupas e objetos de uso pessoal que mereceram nossa preferência na Terra. Isso atende a certo automatismo. Portanto, é possível, mas igualmente lamentável, que o desencarnado continue envolvido com as futilidades da Terra.

5 – E quanto às tatuagens?
Esses adereços definitivos costumam ocasionar problemas. Sempre chega o momento em que a pessoa vai se arrepender, após ter mudado de idéia, em relação ao objeto da tatuagem. Digamos que era o desenho de  alguém que já não ama, ou a representação de um princípio que já não aceita. Ainda que a tatuagem seja adotada por mero enfeite, acaba “cansando a beleza” e torna-se um problema.

6 – O que motiva a pessoa a tatuar-se?
Nas culturas primitivas era usada com finalidades mágicas, para evocar a interferência de divindades, para o bem ou para o mal. Hoje é, para muitos indivíduos, uma espécie de ritual de passagem, envolvendo a integração num grupo. Pode ser também uma mensagem de identificação. Pela tatuagem a pessoa está dizendo algo de si mesma. Há psicólogos que vêem na tatuagem um dos caminhos para entender a personalidade humana.

7 – A tatuagem pode aparecer no corpo espiritual, após a desencarnação?
É possível até mesmo fazer tatuagens na espiritualidade, mas hão de lamentar seus familiares e amigos do Além que o desencarnado conserve hábitos tão primários.

8 – Espíritos não usam adereços?
Se esclarecidos e conscientes buscam, por supremo enfeite, sua própria iluminação. Haverá algo mais belo do que a aura luminosa de um Espírito harmonizado com os ritmos do Universo, consciente de sua filiação divina?
O desencarnado conserve hábitos tão primários.



EM NOME DA VAIDADE

Richard Simonetti

      
 Na antiga china os príncipes se casavam com meninas entre 12 e 13 anos.
As jovens esposas eram praticamente crianças e seus ovários ainda não estavam amadurecidos para gerar filhos.
Por essa razão, sacerdotes que praticavam acupuntura introduziam uma agulha de ouro no pavilhão da orelha para amadurecer as gônadas. O fato de as pequenas princesas aparecerem em público com aquele adereço na orelha despertou a vaidade das demais mulheres, que passaram a imitá-las, e o brinco virou moda.
      Vale ressaltar que, no início, a agulha era colocada por sacerdotes que conheciam os efeitos provocados por aquele objeto de metal no organismo das jovens esposas.
     Com o passar do tempo o uso de brincos foi se popularizando e hoje é usado de forma indiscriminada e nas mais variadas regiões do corpo. No entanto, esses objetos cruzam certas zonas de força e podem provocar distúrbios orgânicos dos mais variados.
     A perfuração com metais pode interromper ou acelerar o fluxo energético em determinadas regiões do corpo e provocar enfermidades graves. Por vezes, a pessoa coloca um ou vários brincos e passa a sentir sintomas que antes não sentia, sem se dar conta de que isso é resultado o uso, em região inadequada, desse objeto perfurante.
Em nome da vaidade muita gente faz uso de produtos que ainda não foram bem testados pelos especialistas, e dos quais se desconhece os efeitos colaterais que podem provocar.
        É o caso do uso desmedido do silicone, apenas por vaidade, que pode causar danos à saúde da mulher que faz esses implantes sem nenhum critério. Há ainda os produtos químicos de variada ordem, que são usados para combater as marcas esculpidas no rosto, pela idade.
É importante pensar a respeito dessas questões para saber se vale a pena estar na moda, mas doente. Estar esteticamente belo, mas oferecendo variados riscos à saúde. Exceto os casos em que há uma necessidade terapêutica ou uma correção estética pertinente, correr riscos dessa natureza é, no mínimo, falta de bom senso.
Ademais, se você já decidiu colocar brincos, piercing ou outro adereço qualquer, isso é um direito seu. Mas pense na possibilidade de consultar um especialista no assunto, um acupunturista que saiba o ponto que não lhe trará riscos à saúde.
Afinal de contas, se você julga importante estarem dia com a moda, considere que mais importante ainda, é estarem dia com a saúde, com a vida, enfim.

Você sabia?

Que foi um monge chinês que criou a moda da argola de ouro no lóbulo da orelha?
É que certa feita os piratas salvaram do naufrágio vários monges e um deles, que cultivava a sabedoria da acupuntura, percebendo que um dos piratas tinha um problema de visão, colocou- lhe uma argola de ouro no lóbulo para curá- lo da enfermidade. Ao longo do tempo, outros piratas gostaram da idéia e a copiaram para si mesmos. E criou- se a moda da argola na orelha.
Por conhecer as origens desses modismos, é que vale a pena refletir até que ponto os enfeites trazem benefícios ou nos prejudicam a saúde.

Equipe de Redaç ão do Momento Espírita, c om base em palestra proferida por Raul T eixeira, em Natal- RN, no dia
31/05/03.
(http://www.momento.com.br/exibe_texto.php?id=941)


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Nostalgia e Depressão



As síndromes de infelicidade cultivada tornam-se estados patológicos mais profundos de nostalgia, que induzem à depressão. 
O ser humano tem necessidade de auto-expressão, e isso somente é possível quando se sente livre. 
Vitimado pela insegurança e pelo arrependimento, torna-se joguete da nostalgia e da depressão, perdendo a 
liberdade de movimentos, de ação e de aspiração, face ao estado sombrio em que se homizia. 
A nostalgia reflete evocações inconscientes, que parecem haver sido ricas de momentos felizes, que não mais se experimentam. Pode proceder de existências transatas do Espírito, que ora as recapitula nos recônditos profundos do ser. lamentando, sem dar-se conta, não mais as fruir; ou de ocorrências da atual. 
Toda perda de bens e de dádivas de prazer, de júbilos, que já não retornam, produzem estados nostálgicos. Não obstante, essa apresentação inicial é saudável, porque expressa equilíbrio, oscilar das emoções dentro de parâmetros perfeitamente naturais. Quando porém, se incorpora ao dia-a-dia, gerando tristeza e pessimismo, torna-se distúrbio que se agrava na razão direta em que reincide no comportamento emocional. 
A depressão é sempre uma forma patológica do estado nostálgico. 
Esse deperecimento emocional, fez-se também corporal, já que se entrelaçam os fenômenos físicos e psicológicos. 
A depressão é acompanhada, quase sempre, da perda da fé em si mesmo, nas demais pessoas e em Deus... Os postulados religiosos não conseguem permanecer gerando equilíbrio, porque se esfacelam ante as reações aflitivas do organismo físico. Não se acreditar capaz de reagir ao estado crepuscular, caracteriza a gravidade do transtorno emocional. 
Tenha-se em mente um instrumento qualquer. Quando harmonizado, com as peças ajustadas, produz, sendo 
utilizado com precisão na função que lhe diz respeito. Quando apresenta qualquer irregularidade mecânica, perde a qualidade operacional. Se a deficiência é grave, apresentando-se em alguma peça relevante, para nada mais serve. 
Do mesmo modo, a depressão tem a sua repercussão orgânica ou vice-versa. Um equipamento desorganizado não pode produzir como seria de desejar. Assim, o corpo em desajuste leva a estados emocionais irregulares, tanto quanto esses produzem sensações e enarmonias perturbadoras na conduta psicológica. 
No seu início, a depressão se apresenta como desinteresse pelas coisas e pessoas que antes tinham sentido 
existencial, atividades que estimulavam à luta, realizações que eram motivadoras para o sentido da vida. 
À medida que se agrava, a alienação faz que o paciente se encontre em um lugar onde não está a sua realidade. 
Poderá deter-se em qualquer situação sem que participe da ocorrência, olhar distante e a mente sem ação, fixada na própria compaixão, na descrença da recuperação da saúde. Normalmente, porém, a grande maioria de depressivos pode conservar a rotina da vida, embora sob expressivo esforço, acreditando-se incapaz de resistir à situação vexatória, desagradável, por muito tempo. 
Num estado saudável, o indivíduo sente-se bem, experimentando também dor, tristeza, nostalgia, ansiedade, já que esse oscilar da normalidade é característica dela mesma. Todavia, quando tais ocorrências produzem infelicidade, apresentando-se como verdadeiras desgraças, eis que a depressão se está fixando, tomando corpo lentamente, em forma de reação ao mundo e a todos os seus elementos. 
A doença emocional, desse modo, apresenta-se em ambos os níveis da personalidade humana: corpo e mente. 
O som provém do instrumento. O que ao segundo afeta, reflete-se no primeiro, na sua qualidade de 
exteriorização. 
Idéias demoradamente recalcadas, que se negam a externar-se - tristezas, incertezas, medos, ciúmes, ansiedades - contribuem para estados nostálgicos e depressões, que somente podem ser resolvidos, à medida que sejam liberados, deixando a área psicológica em que se refugiam e libertando-a da carga emocional perturbadora. 
Toda castração, toda repressão produz efeitos devastadores no comportamento emocional, dando campo à instalação de desordens da personalidade, dentre as quais se destaca a depressão. 
É imprescindível, portanto, que o paciente entre em contato com o seu conflito, que o libere, desse modo 
superando o estado depressivo. 
Noutras vezes, a perda dos sentimentos, a fuga para uma aparência indiferente diante das desgraças próprias ou alheias, um falso estoicismo contribuem para que o fechar-se em si mesmo, se transforme em um permanente estado de depressão, por negar-se a amar, embora reclamando da falta de amor dos outros. 
Diante de alguém que realmente se interesse pelo seu problema, o paciente pode experimentar uma explosão de lágrimas, todavia, se não estiver interessado profundamente em desembaraçar-se da couraça retentiva, fechando-se outra vez para prosseguir na atitude estóica em que se apraz, negando o mundo e as ocorrências desagradáveis, permanecerá ilhado no transtorno depressivo. 
Nem sempre a depressão se expressará de forma autodestrutiva, mas com estado de coração pesado ou preso, disfarçando o esforço que se faz para a rotina cotidiana, ante as correntes que prostram no leito e ali retêm. 
Para que se logre prosseguir, é comum ao paciente a adoção de uma atitude de rigidez, de determinação e desinteresse pela sua vida interna, afivelando uma máscara ao rosto, que se apresenta patibular, e podem ser percebidas no corpo essas decisões em forma de rigidez, falta de movimentos harmônicos... 
Ainda podemos relacionar como psicogênese de alguns estados depressivos com impulsos suicidas, a conclusão a que o indivíduo chega, considerando-se um fracasso na sua condição, masculina ou feminina, determinando-se por não continuar a existência. A situação se torna mais grave, quando se acerca de uma idade especial, 35 ou 40 anos, um pouco mais, um pouco menos, e lhe parece que não conseguiu o que anelava, não se havendo realizado em tal ou qual área, embora noutras se encontre muito bem. Essa reflexão autopunitiva dá gênese a estado depressivo com indução ao suicídio. 
Esse sentimento de fracasso, de impossibilidade de êxito pode, também, originar-se em alguma agressão ou 
rejeição na infância, por parte do pai ou da mãe, criando uma negação pelo corpo ou por si mesmo, e, quando de causa sexual, perturbando completamente o amadurecimento e a expressão da libido. 
Nesse capítulo, anotamos a forte incidência de fenômenos obsessivos, que podem desencadear o processo depressivo, abrindo espaço para o suicídio, ou se fixando, a partir do transtorno psicótico, direcionando o paciente para a etapa trágica da autodestruição. 
Seja, porém, qual for a gênese desses distúrbios, é de relevante importância para o enfermo considerar que não é doente, mas que se encontra em fase de doença, trabalhando-se sem autocomiseração, nem autopunição para reencontrar os objetivos da existência. Sem o esforço pessoal, mui dificilmente será encontrada uma fórmula ideal para o reequilíbrio, mesmo que sob a terapia de neurolépticos. 
O encontro com a consciência, através de avaliação das possibilidades que se desenham para o ser, no seu 
processo evolutivo, tem valor primacial, porque liberta-o da fixação da idéia depressiva, da autocompaixão, 
facultando campo para a renovação mental e a ação construtora. 
Sem dúvida, uma bem orientada disciplina de movimentos corporais, revitalizando os anéis e proporcionando estímulos físicos, contribui de forma valiosa para a libertação dos miasmas que intoxicam os centros de força. 
Naturalmente, quando o processo se instala - nostalgia que conduz à depressão - a terapia bioenergética (Reich, commo também a espírita), a logoterapia (Viktor Frankl), ou conforme se apresentem as síndromes, o concurso do psicoterapeuta especializado, bem como de um grupo de ajuda, se fazem indispensáveis. 
A eleição do recurso terapêutico deve ser feita pelo paciente, se dispuser da necessária lucidez para tanto, ou a dos familiares, com melhor juízo, a fim de evitar danos compreensíveis, os quais, ocorrendo, geram mais 
complexidades e dificuldades de recuperação. 
Seja, no entanto, qual for a problemática nessa área, a criação de uma psicosfera saudável em torno do paciente, a mudança de fatores psicossociais no lar e mesmo no ambiente de trabalho constituem valiosos recursos para a reconquista da saúde mental e emocional. 
O homem é a medida dos seus esforços e lutas interiores para o autocrescimento, para a aquisição das paisagens emocionais. 

Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco


BOA NOITE ANJO
"O que vale na vida não é o ponto de
partida e sim a caminhada. Caminhando
e semeando,no fim terás o que colher."

♥ scraps anjo da noite ♥